(México) Ni dictadura ni democracia: Debatiendo la situación en Venezuela, Brasil y México.

Invitamos a este evento, a realizarse el sábado 23 de febrero, a partir de las 18:00 hrs., en VGuerrero, Ignacio Zaragoza #53, Col. Buenavista, México D.F.

Están programados los siguientes conversatorios:
•Nuevo escenario del conflicto venezolano: de la rebelión popular a la incorporación del hampa. (Por Rodolfo Montes de Oca)
• El auge y triunfo del fascismo en Brasil (por Crust or Die Collective)
• Similitudes de la “Cuarta transformación” en México con el Estado Bolivariano.

ENTRADA LIBRE
Editoriales/Distribución de material anarquista.

Invitan: Anarquistas Desorganizados

(Brasil) ¿Quienes mataron a Indio? – Una respuesta al llamado anarquista por un Diciembre Negro

¿Cómo así, quién lo mató? Si los nombres y faces de los asesinos ya se
conocen … Los carniceros medios de comunicacion no han perdido tiempo
en transformar rápidamente el acontecimiento en espectáculo. La
exposición no sólo de quien lo agredió hasta el último suspiro como de
su familia, de las transexuales a quienes defendió, de su historia de
vida y una serie de informaciones, sólo sirven para crear una gran
cortina de humo. Ante esta situación vejatoria, dos años después de su
muerte, resulta indispensable narrar el acontecimiento desde abajo de
las garras de la dominación.

En una noche navideña nada pacífica, dos neonazis perseguían
transexuales que estaban dentro de la estación Pedro II con intención de
hacerlas lo mismo que hicieron con Indio. Eso sólo evidencia la
persistente busqueda contra quien libera sus deseos y voluntades y se
levanta ante la normalidad impuesta. Sin embargo, en una convicta
negación de la pasividad, el vendedor ambulante de 54 años decidió
firmemente defenderlas. Esta actitud le costó la vida.

La presencia de los guardias del metro y de los ciudadanos comportados
no ayudo y no sería diferente. Todos los días esa estación está llena de
autómatos ciegos por la rutina cumpliendo órdenes superiores. Luiz
Carlos Ruas, negro, trabajador autónomo, que mantenía su gana pan al
lado de fuera de la estación, en contra de ese marasmo habitual de las
ciudades, en su último día, como probablemente en sus tantos otros
anteriores, siguió instintivamente la procura de la libertad.

Un acto verdaderamente insurgente de solidaridad y acción directa, en
medio de una sociedad cada vez más domesticada que cierra los ojos para
la guerra instalada aquí y ahora. Una guerra contradictoria reforzada
por los agentes que igual a los agresores causaron la muerte de otro
hombre negro sin ningún cuestionamiento de esa sospechosa autoría. Son
estructuras todas programadas para matar y dejar morir.

La postura de la seguridad del metro no sorprende ni un poco. Se omiten
innumerables casos día a día, de acoso sexual contra mujeres, de
agresión contra personas que trabajan en los vagones del tren, palizas
contra personas que no son bienvenidas en ese ambiente y medio de
transporte que, a pesar de que pocas consiguen pagar para usar, todas
sufren los daños de la existencia de tal tecnología civilizatoria que
atenta contra la vida y la naturaleza. En las venas de la ciudad corre
la sangre derramada por las autoridades y sólo de esa forma se mantiene
esa arquitectura asesina.

Por lo tanto, al lado de Alexis Grigoropoulos, asesinado por la policía
en el gueto de Atenas en 2008, Sebastián Oversluij, asesinado por la
seguridad bancaria tras un intento de asalto en 2013, junto a tantas
otras personas que se atrevieron a buscar la libertad y por eso murieron
sin tener su nombre recordado, Luiz Carlos Ruas es uno más, más que vivo
en cada acto de inconformidad y rebeldía incontenida. Las autoridades y
la pasividad mataron a Indio.

LA UNICA MUERTE ES EL OLVIDO!
LUIZ CARLOS RUAS PRESENTE!
POR UN DECIEMBRE NEGRO!

Anarquistas

(Brasil) Manta en solidaridad con lxs perseguidxs en Porto Alegre por la Operación Erebos

“Solidaridad con lxs anarquistas de Porto Alegre, ¡FUERZA GUERRERXS!”

Febrero y marzo meses extensivos por la agitación solidaria con lxs perseguidos por la Operación Erebos en Brasil.

Aquí unas palabras solidarias en portugués.


Algumas palavras em solidariedade com xs anarquistas perseguidxs pela
operação Erebo em Porto Alegre (RS), desde algum lugar, no território
controlado pelo estado brasileiro e o capitalismo global.

Há quase 4 meses, uma operação policial liderada pelo delegado Jardim
invadiu casas particulares e espaços coletivos na cidade de Porto
Alegre. Várias pessoas e espaços acabaram sendo alvo dessa operação e
alguns livros editados pela biblioteca anárquica Kaos foram usados como
elementos comprobatórios para perseguir xs anarquistas.

Não pretendemos, nesse texto, voltar sobre a maneira como a imprensa
brasileira levou o caso, mesmo se vale a pena ressaltar a pertinência
com a qual a imprensa manipula as massas com o objetivo de manter uma
paz social titubeante.

Mesmo com todos os esforços do aparato policial-midiático por
despolitizar algumas propostas anarquistas- buscando encontrar alguma
“legitimidade” política em perseguir xs anarquistas “do mal”
aproveitando diferenças e buscando criar divisões entre tendências
diversas do anarquismo- a solidariedade combativa anarquista se manteve
em pé, e os punhos ficaram fechados aos inimigos!

Como acreditamos que a solidariedade é uma arma contra as tentativas
repressivas e contra o esquecimento e que também sabemos que ela deve
ser mais do que palavra para vibrar nos corações dos rebeldes, mandamos
essa mensagem simples mas, acreditamos, importante.

Penduramos uma faixa em solidariedade com xs anarquistas perseguidxs de
Porto Alegre. Para todxs aqueles que estão brigando contra as tormentas
da solidão e as intempéries da incerteza. Para todxs aqueles cuja vida
foi/está sendo perturbada por essa onda repressiva e que não baixaram
nem os braços, nem a cabeça!

Para todxs aqueles que, fazem frente as dificuldades despertando-se cada
manhã com a convicção de ter cruzado o ponto de não retorno.
Nunca nos poderão parar!

O contexto político-econômico no Brasil e da América Latina está cada
vez mais repressivo com os movimentos sociais. O clima político tem
sabor um sabor amargo para todxs xs que se opõem, de maneira geral, aos
avances do capitalismo devastador. Há uns dias, 12 famílias indígenas do
sul do Brasil foram torturadas, atingidas por balas de borracha e balas
de verdade pelo simples fato de reivindicar suas terras, que por certo,
lhes foram prometidas há quase 30 anos*!

Também tem esse sabor para as grandes “minorias” dessa sociedade
doente, que se vêm alvos de uma cada vez maior “limpeza social” em prol
de grandes empreendimentos, frutos do “progresso” e do
“desenvolvimento”. O governo mata “legalmente” mandando as forças
armadas do exército “limpar” as favelas** e o faz também organizando
“feiras agrícolas” cujo dinheiro é investido na “segurança” dos
fazendeiros podres e na matança dos índios e camponeses que se atrevem a
retomar, com suas próprias mãos, suas terras invadidas***.

Que não se enganem, terrorista é o Estado e violento o sistema que quer
nos impor uma vida que nunca escolhemos.

Os debates sobre a legitimidade da violência são um falso debate. Nunca
estaremos do lado de quem gosta de viver como escravo…

Os mesmos que celebram insurreições passadas, hoje condenam qualquer
impulso de violência libertadora, isso, sob pretextos diversos como o
fato de nos vivermos em uma “democracia”. Democracia, tecnocracia,
Ditadura, todos os regimes político-econômicos merecem de ser atacados,
nunca são e nunca poderão ser outra coisa que a expressão do poder
coercitivo e da dominação de uns poucos sobre o resto.

A articulação entre poder centralizado e capitalismo é inerente a
qualquer sociedade moderna globalizada e achar que se pode destruir o
capitalismo sem, junto, destruir as estruturas do poder estatal é uma
ilusão que nutrem alguns partidos de esquerda para seduzir almas
revolucionárias e assim ganharem alguns votos a mais nas próximas
eleições. Sejam de esquerda ou de direita quem governa, para eles, as
vidas dos Guarani Kaiowá, sempre valerão menos que a os benefícios da
exportação de toneladas de soja.

Se, no governo “Dilma” a limpeza social, a lei antiterrorismo, a
correria rumo a cada vez mais progresso e a perseguição política contra
os anarquistas estavam à ordem do dia, hoje, militantes do PT e do MST e
de toda a esquerda “radical” partidária tornam-se também alvos de
perseguição política.

Se ultimamente nos encontramos nas ruas para lutar, não esqueçamos porém
das profundas diferenças ideológicas e políticas que nos separam. Mesmo
se acreditamos que devemos repensar estratégias e tácticas de luta no
contexto atual, é interessante que nos questionemos sobre o papel/lugar
que jogamos no tabuleiro de xadrez da política regional, nacional (e
internacional), isso, justamente para não acabar sendo um dos peões
usados para ganhar a partida. A história tem muito a nos ensinar sobre
isso…

Mais que repostas, apontamos a provocações para refletir o panorama
atual e imaginar estratégias e ações que sigam espalhando a guerra
social.

As ondas repressivas contra xs que lutam buscam amedrontar e paralisar
qualquer tentativa de oposição ao sistema. É justamente o que não
podemos deixar que aconteça. Buscaremos os jeitos para, de qualquer
maneira, seguir lutando contra um sistema e um modo de vida que além de
não nos satisfazer enquanto indivíduos, baseia seus valores na dominação
e na exploração de uns poucos contra o resto.

A opressão, a dominação e a exploração devem ser atacadas desde suas
raízes e de forma radical. Não existem métodos prontos para isso, só se
tem a combinação da memória histórica com a imaginação criativa para
inventar, pensar, experimentar estratégias de luta em esse contexto cada
vez mais adversos.

Que essa pequena mensagem, como uma chama de revolta, ilumine o coração
dxs companheirxs perseguidxs….

Força e solidariedade combativa com xs anarquistas perseguidxs pela
Operação Érebo!

Com, na memória insurreta Guilherme Irish e Samuel Eggers presentes!

Viva a anarquia

Viva a Insurreição!

*No dia 17 de fevereiro de 2018, 12 famílias Kaingang em Passo Fundo
foram espancadas pelo BOE. Estavam ocupando uma aera do DNIT
reivindicando a demarcação das suas terras:

http://desacato.info/familias-kaingang-sao-espancadas-pela-policia-militar-em-passo-fundo-rs/

e

https://www.cimi.org.br/2018/02/policia-militar-agride-e-tortura-familias-kaingang-no-rio-grande-do-sul/

**
http://anovademocracia.com.br/noticias/8264-intervencao-no-rio-militares-querem-invadir-arbitrariamente-casas-de-moradores-em-favelas
e
http://anovademocracia.com.br/noticias/8254-intervencao-no-rio-forcas-armadas-vao-comandar-a-guerra-civil-contra-o-povo

*** Sobre esse tema ver o filme Martírio, ele traz informações
interessantes sobre os vínculos entre seguranças privados nas fazenda,
políticos e fazendeiros.